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Achintya

Porque há coisas que não se explicam, sentem-se intensamente

Porque há coisas que não se explicam, sentem-se intensamente

Achintya

27
Ago20

Uma felicidade inconsciente...

kamini

Lembrar-me das férias de verão, em criança, é recordar:

A casa dos avós;

O cheiro a café e a pão quente;

Cumplicidade entre primas;

Brincar na rua, de manhã à noite;

Os piqueniques debaixo do pinheiro manso;

O cheirinho do pinhal;

O sabor dos pinhões;

Os "clubes" com os amigos da rua;

O sabor da fruta "roubada" nos quintais;

Joelhos esfolados e roupa barrenta;

Os recados feitos aos vizinhos;

A cavaqueira noturna das noites quentes;

Uma felicidade inconsciente...

 

 

 

 

12
Fev18

Ficou combinado..

kamini

Desde o dia em que ele lhe enviara o bilhete, a dizer que a gostava de conhecer melhor, o batimento do seu coração jamais retomou o seu ritmo. Houve troca de bilhetes...de olhares! Ele começou a aparecer à porta da escola, os dois pareciam estar a jogar ao "gato e ao rato". Durante uns dias, o nervosismo e a timidez, camuflaram qualquer tentativa corajosa de proximidade. Trocavam recados, através do amigo em comum...até ao dia em que Ela estava a sair da escola e Ele se aproxima. Trocaram um cumprimento desajeitado, Ele estendeu-lhe um bilhete. Ela ficou atrapalhada, corou e agarrou no papel. Disse que estava com pressa, não podia perder o autocarro e despediu-se.  Apesar de ter sido uma forma de disfarçar o seu nervosismo e dar um ar de "difícil", a verdade é que não se podia permitir chegar a casa tarde. Quando sentiu que Ele já não a podia observar, correu até à paragem do autocarro, a palpitar de ansiedade leu aquelas palavras " Gostava muito de falar contigo, podemos marcar um lanche?". Queria dizer-lhe que sim, mas o seu pensamento era "Mas como?  Depois das aulas não posso!". Ela chegou a casa à hora prevista, embora alheia a qualquer realidade. Estava decidida a arranjar maneira de se encontrarem. Acordou com entusiasmo, lembrou-se que a oportunidade era o furo de sexta-feira à tarde. Sabia que teria que ser um encontro rápido, o que até seria bom, se Ele concordasse. Escreveu-lhe e aguardou ansiosa, em todos os intervalos, que Ele aparecesse. Pensou, várias vezes, que estava a ser gozada, que Ele não ia aparecer...só estava a gozar com Ela! No final da tarde, lá estava ele. Entregou-lhe o bilhete e seguiu o seu caminho, desta vez mais lentamente. "Está combinado, estou aqui a essa hora!" gritou-lhe Ele.

 

 

 

15
Dez17

Palavras Cruzadas // Acordava a gritar "MMãããeeee"....!!!!!!

kamini

Acordava a gritar "MMãããeeee"

 

 

  

 

Acordei várias noites a gritar pela minha mãe...

Este pesadelo repetitivo, acompanhou-me durante a minha juventude, terminava sempre no momento em que gritava a plenos pulmões pela minha mãe. A minha mãe acordava com os meus gritos e vinha ao meu encontro. Tive sempre dificuldade em lembrar-me de todo o pesadelo. Recordo apenas a  minha imagem a correr. Corria sobre uma estrutura metálica de vários andares, do meu lado esquerdo, em baixo, estava algo prestes a explodir (hoje associo a algo parecido com uma central termoelétrica). Eu, estava em pânico, corria cada vez mais depressa. Nunca percebi se fugia ou corria em direção à minha mãe! Sei apenas que no exato momento em que chamava por ela...o pesadelo acabava! Eram imagens pouco comuns naquele tempo, difíceis de entender e até de explicar.

Estava longe de imaginar que este "Pesadelo" um dia nos salvaria a vida...

Certa noite, acordei a gritar pela minha mãe mas...ela não chegou perto de mim! Havia algo diferente, eu acordei com a cabeça a latejar. Ouvi um estrondo, corri em direção ao quarto dos meus pais e percebi que a minha mãe tinha desmaiado, mal se levantou. Gritei para acordar o meu pai...a minha irmã acordou assustada e vomitou... O meu pai disse-me para abrir as janelas e a porta, a minha mãe lá voltou a si... Lentamente a casa libertou os gases acumulados, devido a uma fuga na exaustão do esquentador, durante os nossos banhos (antes de deitar). Os enjoos e dores de cabeça, duraram dias, mas continuámos cá!

Agradeço pelo "Pesadelo" que, curiosamente, não me recordo de voltar a ter!

 

Este é um post para a  rubrica Palavras Cruzadas, iniciativa da  Rita da Nova  com o P.A

 

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