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Achintya

Porque há coisas que não se explicam, sentem-se intensamente

Porque há coisas que não se explicam, sentem-se intensamente

Achintya

18
Dez18

Aos esquisitos...tudo calha!

kamini

Eu sei que não é muito saudável...mas adoramos bacalhau com natas!

Já o fiz o mais saudável possível...mas não é a mesma coisa!

Então quando é...é!

Estava eu de volta do bacalhau.

O rapaz de volta de mim a dizer: "Tira bem as espinhas! " "Sabes que gosto de comer descansado".

Eu a pensar com os meus botões. Quando te cheira...nem queres mastigar! É só engolir!

Continuei a tarefa.

Chegou a hora. Todos à mesa. Tudo a saborear...

Ele..."Será possível que não posso comer descansado? ". Apareceu uma espinha... outra...e outra!

No final...só ele apanhou espinhas. Várias!

Ninguém mais foi contemplado!

 

Lembrei-me de uma expressão da minha avó  "Aos esquisitos...tudo calha". 

 

 

 

 

23
Nov18

Fica comigo...

kamini

Estava a adormecer a pequena. Aquela mãozinha linda...a agarrar-me. A dizer-me para ficar!

Fez-me recordar...quando eu não queria dormir a sesta. Acabava por ceder, com a condição da minha avózinha ficar comigo. 

Ficas comigo avó. Mas não vais embora. Está bem? 

Agarrava-me a ela, que nem um carrapato! Até o sono levar a melhor.

Obrigada querida avó! Por toda a paciência...por tanto amor! Por, apesar de já cá não estares, me encheres os dias de tão boas recordações!

31
Mai18

O primeiro encontro...

kamini

 O dia chegou. A barriga não a deixava relaxar...aquele nervoso miudinho provocava-lhe cólicas. Calma, isto não é nada. Assim não chegas à tarde! Dizia a si própria. Ele apareceu, à hora do almoço, a confirmar mais uma vez. Vou estar aqui à tua espera. Disse-lhe.

Subiu para a mota, a tremer...sem saber para onde ia.  Tinha ideia dos riscos. Não se deixou intimidar. Tremia, mas não era o medo que a comandava, era a adrenalina! Sabia apenas que queria ir...rumo ao desconhecido.

Pararam num centro comercial. Ela, ainda lívida, desmontou desajeitadamente. Era tudo novo, deslumbrante, assustador, desafiante.  Ele ajudou-a a tirar o capacete, sentiu-se corar...o sangue voltou a circular a alta velocidade. Agora que estava parada e tão próxima dele.

Anda, vamos lanchar! Disse-lhe ele. Caminharam lado a lado, até ao último piso. Entraram na melhor pastelaria da cidade e procuraram uma mesa. Alguns momentos de um silêncio constrangedor, receio de se olharem nos olhos. Fizeram o pedido. Cada um, com seu bolo e sua coca cola. Ela tinha a sensação que, algo tão natural como comer, parecia agora um bicho de sete cabeças. Toda Ela tremia...as mãos poderiam traí-la  a qualquer momento. Seria bonito...a mesa teria uma nova apresentação...e Ela também! Fizeram conversa de circunstância, os dois perdidos. Até que Ele diz corajosamente : " Gostava muito de te conhecer melhor. Queres namorar comigo?". Desta vez ia cuspindo a bebida que tinha na boca...ficou calada por uns instantes que, a Ele, pareceram uma eternidade. Sentiu o rubor nas faces mas conseguiu dizer "Sim, também gostava de te conhecer melhor."

Terminaram o lanche e Ele levou-a de volta à escola. Ao contrário do expectável, despediram-se, desajeitadamente,  com beijos na cara. Afinal estavam a conhecer-se...

Ela passou todo o fim de semana a pensar Nele.  Curiosamente, apreciou o facto de Ele não a ter beijado...

Mas Ele seria assim tão bom rapaz ou estaria só a gozar com Ela?

 

 

 

12
Fev18

Ficou combinado..

kamini

Desde o dia em que ele lhe enviara o bilhete, a dizer que a gostava de conhecer melhor, o batimento do seu coração jamais retomou o seu ritmo. Houve troca de bilhetes...de olhares! Ele começou a aparecer à porta da escola, os dois pareciam estar a jogar ao "gato e ao rato". Durante uns dias, o nervosismo e a timidez, camuflaram qualquer tentativa corajosa de proximidade. Trocavam recados, através do amigo em comum...até ao dia em que Ela estava a sair da escola e Ele se aproxima. Trocaram um cumprimento desajeitado, Ele estendeu-lhe um bilhete. Ela ficou atrapalhada, corou e agarrou no papel. Disse que estava com pressa, não podia perder o autocarro e despediu-se.  Apesar de ter sido uma forma de disfarçar o seu nervosismo e dar um ar de "difícil", a verdade é que não se podia permitir chegar a casa tarde. Quando sentiu que Ele já não a podia observar, correu até à paragem do autocarro, a palpitar de ansiedade leu aquelas palavras " Gostava muito de falar contigo, podemos marcar um lanche?". Queria dizer-lhe que sim, mas o seu pensamento era "Mas como?  Depois das aulas não posso!". Ela chegou a casa à hora prevista, embora alheia a qualquer realidade. Estava decidida a arranjar maneira de se encontrarem. Acordou com entusiasmo, lembrou-se que a oportunidade era o furo de sexta-feira à tarde. Sabia que teria que ser um encontro rápido, o que até seria bom, se Ele concordasse. Escreveu-lhe e aguardou ansiosa, em todos os intervalos, que Ele aparecesse. Pensou, várias vezes, que estava a ser gozada, que Ele não ia aparecer...só estava a gozar com Ela! No final da tarde, lá estava ele. Entregou-lhe o bilhete e seguiu o seu caminho, desta vez mais lentamente. "Está combinado, estou aqui a essa hora!" gritou-lhe Ele.

 

 

 

23
Jan18

O bilhete na aula

kamini

Estava inquieta e curiosa, aquela aula parecia interminável! Olhou para o colega numa tentativa absurda de perceber se Ele teria tido algum tipo de curiosidade na sua modesta pessoa. Tentou concentrar-se e prestar atenção à aula, dizendo a si mesma "És uma miúda no meio de tantas, achas que alguma vez ele reparava em ti?" Quando finalmente se concentrou na voz do professor, foi sobressaltada por um objeto voador que aterrou na sua mesa. Apanhou-o discretamente e tentou desenrolar o que aparentava ser uma simples folha amassada, comprimida numa bola. Incrédula, percebeu que Ele lhe tinha enviado um bilhete. Afinal, a sua imaginação, não estava a pregar-lhe nenhuma partida! Ele tinha reparado Nela...

14
Jan18

O primeiro olhar

kamini

 

 

Era Novembro, o frio fazia-se sentir mas a tarde era soalheira. Passeava com algumas colegas. O feriado a meio da tarde permitia aproveitar o sol e esticar as pernas, pelas ruas junto ao liceu.  Desperta pela voz de outros colegas que as chamavam, observou o grupo, num pátio em volta de uma mota. Aproximaram-se e os/as desconhecidos/as foram apresentados/as. Os seus olhares cruzaram-se pela primeira vez.... A mota era do desconhecido, parecia um pouco mais velho, amavelmente perguntou às raparigas se queriam dar uma pequena volta. Ela foi a primeira, o seu jovem coração de 14 anos, saltitava descontrolado, o medo foi superado pela ousadia inesperada. Tremia, mas voltou a aceitar ir com ele, na vez de uma colega...A volta foi mais demorada, mais tempo com as mãos agarradas ao seu tronco. Chegaram, ela tentou justificar a sua palpitação involuntária com o frio. Também receava que alguém conhecido do pai a tivesse visto, seria um drama...

O caminho de regresso chamava, mas os  seus olhares aprisionaram-se de tal forma que embaraçavam os movimentos de ambos. Ela afastou-se, o corpo flutuante...como se caminhasse em terreno desnivelado, desconhecido!

 

 

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