Depressão na adolescência
A minha filha mais velha sempre foi hiper feliz e cheia de vida, mesmo nos momentos menos bons em que as lágrimas apareciam, substituia-as por um sorriso contagiante e tudo passava. Nos últimos tempos tem andado mais tristonha e preguiçosa, recolhe-se no seu espaço e passa simplesmente o tempo...
As notas dos primeiros testes não têm sido famosas, é verdade, também é verdade que se esforçou um bocadinho. Os castigos não resultam, se não tem telemóvel passa o tempo entretida com qualquer futilidade. Não lhe tiramos o telemóvel para a castigar, apenas porque sabemos que se distrai e passa o tempo a responder a mensagens nas redes sociais e se esquece das responsabilidades. Volta e não volta fica sem telemóvel, acho que ainda é um dos poucos recursos para tentar apelar ao bom senso juvenil.
Agora está sem ânimo, sem vontade de lutar por melhores resultados e por dias melhores. Começamos várias conversas com o intuito de ajudar a resolver o problema, procurar soluções em conjunto, explicações, troca de área, etc... Acaba tudo com um "não me chateies " "não percebes nada" e uma discussão ou com uma crise de choro e um silêncio assustador.
Como mãe, a primeira reação é pensar que caminho estranho é este. Quem tira más notas e chega a casa e estuda cada vez menos, não parece muito preocupada em mudar a situação...ou talvez não...quando estamos deprimidos por vezes afastamo-nos das coisas que nos entristecem.
Socorro, a minha filha está a entrar em depressão ???