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Achintya

Porque há coisas que não se explicam, sentem-se intensamente

Porque há coisas que não se explicam, sentem-se intensamente

Achintya

04
Dez17

Mãe aos 22, 24 e 39

kamini

Ser mãe, foi, é e será sempre o momento inigualável da vida, que nos acompanha para sempre. 

Quando fui mãe pela primeira vez era uma menina...não imaginava as noitadas que me esperavam. O primogénito apareceu e transformou a nossa vida...era um amor de bebe, foi a loucura a derreter corações! Primeiro filho, primeiro neto, eu sempre muito protetora e ansiosa...dormir não era com ele. Chegava a noite a ansiedade aumentava, mais uma noite de choro. Passeios de carro para adormecer, banhos durante a noite para relaxar...nada parecia resultar. O carro parava e ele acordava, acabava o banho e ele voltava a chorar. Só estava bem a mamar, demorava muito para arrotar, chorava e mal adormecia eram horas de voltar a comer...Hoje, desconfio que, além das cólicas, o meu leite não o devia satisfazer o suficiente (apesar de ganhar peso).

Aos 24, era uma menina meio zombie (há dois anos e meio que não dormia uma noite inteira), que julgou que não iria aguentar outro assim. Não me envergonho de dizer que cheguei a pensar "Será que vou gostar tanto deste bebe como do primeiro?"(Acho que muitas mães o pensam e têm vergonha, eu também tive!). Que idiotice, coração de mãe têm amor que chegue para todos... e o nosso coração voltou a transbordar de felicidade. Nasceu uma dorminhoca linda, tinha de acordar para comer. Eu, muitas vezes durante a noite, acordava só para ter a certeza que ela respirava. Era uma novidade para mim, uma bênção! Assim, foi mais fácil gerir e conciliar as necessidades dos meus amores...Agora, questiono-me como conseguia ter energia para tudo?!

 Aos 39 anos, já mulher (que devia estar cansada de dormir bem), voltei a sentir o gosto remeloso das noites on/off (o meu cérebro aprendeu a ligar e desligar, constantemente). Desta vez, já não houve questões hipotéticas, eu sabia que o amor já a esperava...Nasceu uma menina débil, cardiopata... Se tive medo? Sim, muito...Mas só me fez ama-la ainda mais. Estivemos sempre juntos, os cinco...Nos momentos menos bons, íamos buscar força e apoio uns nos outros (muitas vezes sem saber como).Todos muito protetores. As preocupações e prioridades alteraram-se, as noites mal dormidas passaram a ser insignificantes (nunca tão más como do mano).

Certamente não estaria pronta para esta luta, na primeira e segunda vez que fui mãe, ninguém está...mas agora somos cinco!

Felizmente valeu a pena, todos aprendemos e continuamos a aprender. Na vida, nada é seguro, estático, por vezes as provas são extenuantes. A fé, a força, a perseverança, vamos busca-la ao AMOR.

 

24
Nov17

Mãe de três

kamini

Tenho três filhos 😊! Sim, três! Porque será que as pessoas reagem ao facto com um ar de superioridade e cara de " nem pensar"?! Se me perguntassem há dois anos atrás, também não pensava nisso mas não dizia nunca.

Quando engravidei não pensei que seria o fim do mundo e aceitamos o desafio, apesar de alguns receios. Quando souberam da gravidez, algumas pessoas reagiram como se eu estivesse louca e chegaram a perguntar " não tens televisão em casa?". Tudo que uma grávida adora ouvir. Respirei fundo e cheguei a responder " ter, até tenho, mas não costumo passar muito tempo a ver😜" Enfim, ser mãe de três, é pura loucura😜. Uma verdadeira loucura de amor😍😍😍, a triplicar 😂😂😂, só para quem tem essa coragem!

04
Out17

"Shakti" Força

kamini

Olá mamãs!

Já diz o ditado, depois da tempestade, a bonança virá...

Depois de alguns meses de angústia e de testar a nossa capacidade de resistência à dor, aquela dor fuzilante de ser impotente perante o sofrimento de um filho, graças a Deus, saímos vitoriosos e fortalecidos.

A princesa teve, mesmo, que ser sujeita a uma cirurgia ao seu pequenino coração, a CIV diagnosticada à nascença, não lhe permitiu crescer e dar-se a possibilidade de recuperar "per si", nem esperar mais...

Foi uma luta diária e angustiante, comer e engordar tornou-se uma obsessão infrutífera. A medicação de Lasix e de espironolactona aumentava progressivamente para atenuar o esforço de cada mamada, as temperaturas altas também não ajudaram, quantidade de líquido ingerido vs liquido expelido... Após algumas regressões no peso, finalmente falaram-me do MCT oil, um suplemento que certamente a faria ganhar peso, apesar do custo, não hesitámos em experimentar, fomos introduzindo lentamente, umas 5 gotas por biberão até chegar a 1ml, mas o tempo passou e nada de engordar...

A hipertensão pulmonar cada vez maior, aliada ao facto de não estar a crescer foi o necessário para o cardiologista nos dizer que ia propor o caso dela a Cirurgia. Adiar mais não era seguro e começou a angustia da espera. Numa semana fomos contactados pela equipa do Professor Manuel Antunes, ficámos com a voz embargada, era mesmo preciso... Passados dois dias lá estávamos, com o coração apertado como nunca conseguimos imaginar, com muita fé e confiantes numa excelente equipa. Experimentámos a maior angústia das nossas vidas, angústia essa que, inexplicavelmente, não terminou quando soubemos que a cirurgia tinha corrido "muito bem" . Respiramos de alívio, agradecemos muito e vamos ver um bebe que, ainda, não parece o nosso?!?!!

 

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